sexta-feira, 22 de março de 2013

diαร dє รєcα


Olá pessoas.   
Bem vindos ao meu companheiro fiel das horas incertas, Blog Garota Mutante.
Trago mais um post madrugada adentro.
Espero que se divirtam...
Segue o texto




“Como o corpo não aguenta dias sem água
A terra implora por alguma gota
O vento seco espalha o monte de terra no chão
E vira poeira...
Poeira...
Poeira seca...
Dias sem chuva...
Dias de sede...
Dias de seca...
Aquela roça antes, tão sonhada
Agora deserta e silenciosa
O gado morrendo nos fundos da fazenda, antes  formosa
A grama que era verde, hoje é terra vermelha e fina
A esperança nos olhos do menino e da menina 
Olhando pro céu
Esperando a chuva cair
Esperando a poeira baixar
Como se eles nunca tivessem nascido
Crianças fantasmas na seca...
Miragem no horizonte seco
O solo não fertiliza mais nada do que se planta
É como se a seca arrancasse do fundo da terra tudo o que é vivo
E como se tudo o que sobrasse fosse pó”

Keilla Jovi






"...Olhou com raiva o irmão e a cachorra. Deviam tê-lo prevenido. Não descobriu neles nenhum sinal de solidariedade: o irmão ria como um doido, Baleia, séria, desaprovava tudo aquilo..."
Graciliano Ramos







"...Baleia detestava expansões violentas... Para ela os pontapés eram fatos desagradáveis e necessários..."
Graciliano Ramos



“Queria endurecer o coração, eliminar o passado, fazer com ele o que faço quando emendo um período — riscar, engrossar os riscos e transformá-los em borrões, suprimir todas as letras, não deixar vestígio de idéias obliteradas.”
Graciliano Ramos




Abraços.



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